23 de jul. de 2008

Sem Desespero

A seqüência de duas derrotas e a saída de alguns jogadores importantes abalou um pouco a tranqüilidade que reinava na Gávea nos últimos tempos. De repente, a imprensa, que tanto elogiava o time carioca, passou a questionar a capacidade da equipe de manter-se entre os primeiros, como se o Flamengo tivesse sido o único time a tropeçar durante o campeonato. A título de comparação, por exemplo, não houve reação semelhante quando o São Paulo empatou em casa com o Ipatinga.

Realmente, o Flamengo jogou mal contra o Vitória, e perdeu pontos importantíssimos, uma vez que jogou em casa e contra um adversário supostamente inferior. Mas é necessário valorizar o time baiano, muito bem armado pelo inteligente Vágner Mancini - bastante promissor, por sinal - e liderado por jovens talentosos. Foi impressionante a incapacidade do Fla em vencer a marcação adversária, embora ainda assim tenha perdido algumas chances claras - também não podemos esquecer o gol anulado erroneamente, embora esta não seja a desculpa para o tropeço.

No jogo anterior, a derrota para o Coritiba, a equipe enfrentou os mesmos problemas: tendência a afunilar o jogo, atacantes incompetentes e uma terrível alergia de Léo Moura à lateral direita. Ainda assim, dominou o jogo, teve muito mais posse de bola e só sofreu o gol graças a um lance fortuito dos paranaenses, que depois não mais ameaçaram Bruno. Começa a ficar claro que o Flamengo está sabendo jogar fora de casa, valorizando bem a posse de bola, e, mesmo com a derrota, a tendência é que a equipe siga jogando bem fora de seus domínios.

Enfim, qual o objetivo deste texto? Acalmar os rubro-negros. Duas derrotas seguidas não são de jeito nenhum agradáveis, mas a equipe, em si, tem jogado bem, controlado os adversários e criando chances. O principal problema tem sido um ataque extremamente inconsistente, no qual o suposto homem-gol sequer finaliza a gol e prefere cair pelas pontas quando notoriamente não tem habilidade para isso. Alguns dizem que é para abrir espaço para os meias, mas para quê, se, sem Marcinho e Renato Augusto, não há um meia ofensivo que chegue para finalizar?

Do meio para trás, entretanto, a equipe é muito forte, o que deve ser a base para que o Flamengol retome seus bons resultados. Com um meio-campo combativo e com toque de bola, e zagueiros entrosados e seguros, a equipe precisa apenas acertar seu setor ofensivo. Reforços são necessários neste setor para que o time mantenha o ritmo, uma vez que o único meia ofensivo disponível é o jovem Erick Flores, talentosíssimo, mas ainda sem porte físico para os profissionais, enquanto o ataque sofre de carência crônica de bons finalizadores - Obina pode tanto acertar o ângulo quanto jogar a bola para a lateral, e ainda assim é melhor que Souza.

Falando em reforços, os nomes mais comentados são Felipe e Daniel Carvalho. O último está quase acertado com o Internacional, enquanto o primeiro precisa conseguir a liberação do seu time. Pessoalmente, Daniel Carvalho agrada mais, por ser mais jovem, e ter mais características de meia-atacante, enquanto Felipe é um armador clássico, embora seu grande problema seja o temperamento. Em um grupo aparentemente unido e sem vaidades, trazer Felipe é correr o risco de estragar um bom ambiente e prejudicar de vez o rendimento do time. Mas, se Fábio Luciano enquadrar o cara, pode dar samba, sim.

17 de jul. de 2008

Negócio Fechado!


Fazia já algum tempo que não se postava alguma coisa sobre futebol internacional aqui no "Ecos". Alguém com saudade?


Depois de muita especulação, enrolação e outros "ãos", Ronaldinho Gaúcho finalmente acertou a sua transferência para o Milan, por uma bagatela de "apenas" 25 milhões de Euros. Se o clube italiano tivesse tentado contratá-lo há dois, três anos atrás, duas coisas poderiam ter acontecido: ou Barcelona dava uma gargalhada e lhe fechava a porta na cara, ou Milan conseguiria adiquirir o craque por trocentos milhões de Euro e iria à falência. Isso está sendo dito para mostrar a discrepância que alguns anos podem causar na vida de um jogador de futebol.



Sinceramente, o Milan fez um excelente negócio. Muitos dizem que foi uma contratação de "risco", porque Ronaldinho ainda está fora de forma e aparenta não ter mais motivação para jogar, treinar, se concentrar, e todas as outras coisas do dia-a-dia de um atleta. Mas o clube de Milão é totalmente capaz de reverter esse quadro. Com toda a infra-estrutura milanesa disponível, duvida-se muito que Ronaldinho não volte a jogar bem. Ok, não sabemos se ele voltará a ser "O Ronaldinho", mas potencial ele tem.

Gaúcho fez o Barça renascer das cinzas, num período em que o Real Madrid era o centro das atenções do mundo da bola, justamente porque tinha "Os Galáticos". perfilando pelo Santiago Bernabeu. Levou o clube ao bicampeonato espanhol e à conquista da Liga dos Campeões da Europa em 2006, que contou até com gol do "gênio" Belleti. Realmente, um jogador do nível do Ronaldinho Gaúcho não se dispensa. Mas...como as coisas em Barcelona andam meio turbulentas, não há muito mais o que fazer agora. "Né", Laporta?



Talvez no único Arena Sportv que não deu sono, debateu-se sobre como o Milan seria escalado com a chegada de Ronaldinho ao clube. Cléber Machado defendia que o time rossonero poderia começar com Kaká, Gaúcho, Seedorf no meio e Pato na frente. Se levarmos em conta as características do péssimo técnico da equipe, Carlos Ancelloti, fica difícil acreditar numa equipe assim. O cara é o maior retranqueiro do futebol, o Dunga perto dele é quase um Rinus Michels.



Mas nunca diga nunca! Tomara que uma entidade "baixe" no comandante italiano e escale o time dessa forma, com Pirlo e Gattuso mais recuados. Seria uma bela esquadra. É uma pena que o Milan não irá disputar a próxima Champions League.

Enfim, que dê tudo certo para o Dentuço em Milão, que ele jogue muita bola e destrone Cristiano Ronaldo, e que ele vá para Pequim e reapareça, trazendo o ouro estampado no peito. Boa sorte, Gaúcho.



Essa empatia pela recuperação do craque não é um nacionalismo exacerbado, não é um regionalismo gaúcho (Bah tchê!), muito menos uma torcida italiana. É a simples manifestação de um apaixonado pelo futebol-arte, pela magia do drible, pelo raciocínio rápido em conjunto com a malícia, enfim, características dos grandes jogadores. Ronaldinho possui todas elas, realmente é um dos melhores jogadores dos últimos anos, senão o melhor. Fica aqui a enquete: Quais foram os cinco maiores jogadores que você, blogueiro ou amante do futebol, viu jogar?

16 de jul. de 2008

Tá maluco, tá doidão


Foto do passaporte. Destino: O Raio que o Parta, Europa.


Primeiro Ato: Caríssimos senhores e senhoras, por acaso vocês não sentiram uma alegria especial, um contentamento envolvente, uma satisfação descomunal ao levantarem da cama essa semana?
Pois é, eu também não. Mas sinto que isso me deixa envergonhado, tamanha a desfeita para com um fato que mexeu com a história mundial.

O PRIMEIRO GOL DE ADRIANO FELÍCIO PELO BOTAFOGO F.R
Como não posso dar uma de Monstars e roubar o talento da escrita poética e grandiloqüente do nosso amigo blogueiro James M.Barrie, faço minha descrição humilde deste fato que merece ser tratado como ato, tal a sua inigualável importância para o desenvolvimento mundial, para o sorriso das crianças e , como vamos ver, para a mente dos empresários e dirigentes do mundo futebolístico.
Um acontecimento desse traça paralelos com outros não menos imensuráveis. Vejamos: o primeiro lance livre convertido pelo Shaquille O’Neal, a primeira corrida terminada por qualquer um dos carros da Minardi, o primeiro bom filme protagonizado pelo Vin Diesel (já teve?) ou a primeira boa música lançada pela Britney Spears ( eu particularmente me amarro em “Toxic”). Enfim, no futebol, na música, no cinema, acontecimentos como estes realçam a paixão que a arte encerra e que ricocheteia nas pessoas, e fazem a vida destas mais feliz.

O lelesk da foto não vai para a Europa. Ainda.

Segundo Ato: A era da falta de noção e da sobra de grana.

Ora,vejam só: tudo que nosso querido Adriano Felício precisava era de uma oportunidade, um chute a gol, uma bola, um campo e um time sérvio. E eis que de repente, do nada, surgem....propostas!
E o melhor não é isso! Não satisfeitos em apenas propôr qualquer coisa pelo Felício, estes senhores detentores do dinheiro e também do poder (principalmente em tempos de Ability) deram outra cartada de mestre: proposta para o Fábio!
Evidentemente, não deve ter sido o mesmo sujeito/clube que fez a proposta para o Felício, mas a pergunta que não quer calar: depois de Carlão, do Corinthians, vendido a 1,5 milhão de euros, e do interesse por Jorge Luiz do Vasco e os dois já citados boleiros botafoguenses, o que mais está por vir? Até onde vai a falta de noção desses caras?
Penso eu em fazer uma “Ecos do Maraca F.C Compilation” com os melhores lances das peladas que nossos blogueiros disputam contra os Cuzões da Economia F.C e apresentar a qualquer empresário que esteja passando pela rua. Com o talento de Flip, a irreverência de Gabriel, a malemolência de Etchatz e a onipresença de Bonilla, eles poderiam, com o auxílio de algum empresário bom(leia-se, amigo do Dunga) arranjar uma vaguinha na seleção brasileira. Menos o Etchatz, é claro, que com esse sobrenome escroto pra caralho arranjaria mais facilmente uma vaguinha na seleção austro-prussiana.
Assim, eu, que não sou bobo, arrebataria uma boa grana e quem sabe conseguisse viajar pra Londres e assistir ao enterro da Amy Winehouse.
Bom, mas antes que estas elocubrações bizarras tomem conta de minha mente, é preciso tomar conhecimento de como estamos. Até porque, juntamente com os empresários e dirigentes do exterior, quem parece estar doidão também são os dirigentes daqui, que recusam muitas dessas propostas por seus jogadores. Por isso vemos Jorge Luiz no Vasco ainda, Renato Silva no Botafogo, e por aí vai.
Afinal, quem é mais bonecão do posto? Os dirigentes daqui ou os empresários e donos de clube europeus? É fácil compreender como Patos e Ronaldinhos saem tão cedo daqui, mas como entender que outros de nível bem menor tenham propostas e não saiam?

Não há nada mais “sei lá o que lá”. E tenho dito.

11 de jul. de 2008

Pra quê? Parte II




Repito a pergunta... Pra quê contratar técnicos deste nível???

Agora vai...

só não sei pra onde...

Até porque, Ney Franco, ainda que tenha trabalhado melhor que Geninho nos últimos anos, não é o técnico pra motivar elenco nenhum e, no máximo, um estrategista razoável, além de contar com a panelinha mais estranha do Brasil ( Léo Medeiros e outros gênios da bola...).

Mas, enfim, boa sorte pra ele ( isso ele já mostrou que tem pelo menos...).

Sorte de Principiante


Na noite de estréia de Dinamite, como presidente em São Januário, O Vasco goleou os campeões da Copa do Brasil por 4x0. Com direito a sorteio de kits e camisas oficiais e distribuição gratuita de sorvetes pelo Habib's, o torcedor vascaíno saudou o novo presidente que assistiu à partida na tribuna de honra, ao lado da diretoria adversária, de onde havia sido humilhantemente expulso 6 anos atrás. Valeu pelo resultado, mas a atuação não foi condizente com a vantagem no placar, talvez tenha brilhado a estrela de Dinamite.

Do quarteto ofensivo, mais uma vez Jean se destacou - pura disposição como canta a torcida - criou as melhores jogadas. Não só com velocidade, o atacante/meia/ponta/ala que joga mais recuado no esquema de Lopes - com Edmundo e Leandro a sua frente - evoluiu muito, surpreendentemente até cobrou falta, melhorou nas finalizações, já têm 9 gols na temporada, mesmo tendo conquistado a condição de titular nas últimas rodadas. A dupla de ataque não esteve inspirada, foi bem na tabelinha do quarto gol, em seguida, o cansado Edmundo deu lugar a Beto, que segurou a bola no meio-campo, dando sequência ao olé da parte final do jogo. Morais foi discreto, apesar do belo gol em momento difícil do jogo, já no fim do primeiro tempo.

A defesa, mas essa defesa! Não sei se o especulado Roque Jr. seria solução. Tiago teve trabalho, o Sport pressionou no primeiro tempo e foi melhor. O gloeiro vascaíno foi muito bem, fazendo 3 defesas difíceis, e como todo bom goleiro tem que ter sorte, foi salvo pelo travessão em belo chute, do perigoso, Luciano Henrique, que poderia complicar o jogo, então 2x0. O meia foi o destaque do razoável time pernambucano, Enílton, Carlinhos Bala e Fumagali não ajudaram o camisa 10 e pela primeira vez no campeonato o Vasco não sofreu gol.

Pablo foi o melhor em campo, mesmo torto na lateral-esquerda, situação exemplificada em seu belo gol. Jogada individual, driblou dois adversários e finalizou de direita uma bola a ser chutada de esquerda. Lopes tem suprido a carência da posição com um destro, o que não me agrada, apesar de Philip Lahm, porém Pablo não pode sair do time, ataque e defende com boa técnico e vigor físico. Cabe também destacar Jonílson, que sobressaiu pela garra e roubadas de bola - sinal da atuação modesta do Vasco. Wagner Diniz e Leandro Amaral não repetem as boas atuações de outros tempos, apesar do Cartola lhes atribuir elevadas pontuações.

Domingo o Vasco enfrenta o Fla no Maraca, às 18:10. Boa chance de provar que o líder - o garoto que por enquanto está sorridente em demasia - não passa de um mero acaso, fruto de uma tabela inicialmente favorável - aquele famoso amor de verão. Os comandados do ex-delegado terão que jogar mais do que tem apresentado, quando venceu Sport e Ipatinga.


Rapidinhas:

A mais tradicional torcida organizada, Força Jovem, não compareceu, pelo menos uniformizada, sem os instrumentos, fachas e bandeiras. Os novos dirigentes parecem não querer sustentar torcedores profissionais, mancomunados com cambistas. Coube a Guerreiros do Almirante agitar os demais torcedores.

Villanueva já foi tarde, essa semana rescindiu contrato e acertou sua ida pro Uzbequistão. O "matador" trazido à São Januário por indicação do amigo Conca - argentino traidor - foi muito efetivo nos jogos treinos da equipe reserva, desde janeiro participou apenas de 3 jogos oficiais, nenhum como titular.

10 de jul. de 2008

Pra quê?

Pra quê contratar um técnico que não realiza bons trabalhos há tanto tempo?



Não sei o que se passa com Geninho, técnico que já foi bem conceituado no futebol brasileiro, mas a verdade é que o técnico não conseguiu nenhuma evolução no comando do Botafogo, pelo contrário, nas suas mãos o time virou um bando, uma equipe que não marca, não ataca e, pior de tudo, parece não se importar com a situação do clube. Em seu primeiro treino, o técnico já parecia disposto a arrumar confusão e rachar o grupo alvinegro. Botou um dos líderes do grupo, Túlio Guerreiro, no banco e do outro, Lúcio Flávio, tirou a faixa de capitão, dando ela para Carlos Alberto, recém-chegado e polêmico por natureza. Daí já se via que o relacionamento jogadores-treinador já estava comprometido, o que foi comprovado com a atitude passiva, de clara falta de comando, de demorar até o último instante pra mexer na equipe nos últimos jogos.

Jogadores que já vinham mostrando não serem tão comprometidos com o clube, Diguinho e Jorge Henrique principalmente, sobre o comando frouxo de Geninho se perderam. O primeiro era vigiado por Cuca, que já conhecia a paixão do Lelesk alvinegro pela noite carioca, nas mão de Geninho até no Jornal Nacional apareceu depois de confusão em boate, na qual ele estava presente às 5 horas da manhã, nas vésperas de um clássico. O segundo foi até a imprensa cobrar, pior, exigir que seu salário fosse pago. Óbvio que salários atrasados são motivo de reclamações, mas não podem virar uma batalha, aberta à imprensa o que é pior, entre jogadores e diretoria. Essas duas situações são claras demonstrações de falta de comprometimento e falta de motivação, algumas das funções de um técnico de futebol.


Geninho não foi, nunca, capaz de motivar esta equipe. O sempre tranquilo treinador não empolgava nem o mais raçudo dos jogadores. Pior que isso, o comportamento do time em campo demontrava que alguns estavam claramente "desanimados", desmotivados, alguns andando em campo. A única partida em que o grupo mostrou vontade foi contra o Grêmio graças a diversos protestos de torcedores e da iniciativa dos próprios jogadores, que firmaram pacto pela vitória.

Geninho também coneguiu a proeza de escalar um time com 3 volantes jogando em casa contra o time reserva do Fluminense e, mesmo assim, sofrer diversas investidas perigosas do time adversário, além de não ter vencido. O treinador não acertou a defesa, que passou a ser uma das mais vazadas do Brasil, não acertou o meio, que nada criava e só conseguia chegar na área adversária através de bolas alçadas na área, o que é ridículo pra quem tem como atacantes WP e JH, dois jogadores que não tem a bola aérea como ponto forte, longe disso; o ataque então, nem gols vinha conseguindo fazer, até o gol de WP em Salvador. A goleada sofrida para o Vitória foi, portanto, apenas a última gota que faltava para o fim de um trabalho desastroso.

Enfim a passagem de Geninho não acrescentou absolutamente nada ao Botafogo. Aliás, alguém pensava o contrário quando o nome foi anunciado??

Que venha o próximo treinador! Melhor para o Botafogo, porque pior não dá pra ficar...

Rápidas...

Zárate e Gil confirmados...

Leandro Zárate, que não é o do Vélez, é o artilheiro da série B argentina. Muito bom! O que isso quer dizer é que eu, nem ninguém do Brasil, sabe...

Boa sorte pra ele. E pro Botafogo...

Gil, esse sim é conhecido de todos. Nome de INDISCUTÍVEL qualidade para a temporada de...2002. Pois é. Vamos esperar pra ver o futebol que vem com o nome de peso: o de 2002, de alto nível, ou o de 2007/08, de qualidade altamente discutível. Pra encerrar, a música mais esperada pelos frequentadores do Engenhão...

A, E, I, O, U! O Gil é artilheiro, só não vale dar o c*!!


Próximo comandante...


Estão na lista de pretendidos: PC Gusmão, que já rejeitou convite; Bennazi, já descartado por pedir autonomia total e salário de 100 mil reais; Ney Franco, atualmente o mais cotado; Roberto Fernandes; Vágner Mancini; Dorival Júnior e Cuca - sempre ele - que já foi descartado pela diretoria.

Dos nomes salvam-se: Dorival Júnior, Mancini e Roberto Fernandes. O resto é o resto, um pior que o outro...


8 de jul. de 2008

Mulheres, cheguei!


o moleque flamenguista tá felizão da vida


8 de julho de 2008. São 7h30 da manhã e os nossos quatro amigos estão naquela fantástica aula de inglês que todo mundo adora. Como qualquer mortal, estão ignorando o que a professora dessa matéria idiossincraticamente cativante fala e batendo seu papo paralelo costumeiro. O assunto: desventuras em nome de garotas.
Como se aprende desde cedo, sempre há aquele que aumenta(ou inventa), aquele que tira onda por nada e aquele que tem vergonha de falar que seu grande diálogo com o sexo oposto é ao “ler” e “folhear” aquela interessantíssima revista de variedades. Enfim, quatro garotos como todos os outros. Mas é preciso voltar ligeiramente no tempo para se entender as coisas das quais eles tratam nessa conversação.
Olha que sorte, cada um torce para um dos quatro grandes clubes cariocas. Estão naquela idade em que querem alçar vôos mais altos do que uma salada mista, querem largar o Sonic e o Alex Kidd( não o Winning Eleven, porque ninguém é de ferro) e ainda (supostamente) não podem comprar uma Playboy. Ou seja, estão iniciando os trabalhos. Pelo menos na minha época era assim.

Vejamos: o vascaíno e o botafoguense são mais tímidos, contidos, cientes dos seus limites. Sendo assim, dirigiram seus primeiros olhares e bilhetinhos para aquela menina que é bonita, simpática e não tão difícil. Porém, todo mundo sabe que os garotos só chegam nela porque é amiga da gostosona mais desejada do pedaço. É claro que eles não são maus como os jovens de Malhação e RBD( as Chiquititas eram boas, digo, boazinhas, mas eram crianças) mas estavam nessa sabendo que a menina era a maneira mais fácil de chegar na outra, e se divertir um pouco também.
Os dois estavam indo bem, a concorrência era relativamente grande, mas tinha cada cara que era brincadeira. Talvez por tanto ter recebido cantada de caras mais feios que o Tião Macalé(olha ele aí), ela pareceu ter sido vencida pelo cansaço e os dois, que não eram um Anderson Leonardo mas também não eram nenhum Kaká, ficaram a ver navios. No fim, ela resolveu dar uma chance àquele cara com cabelo escroto que a conquistou de maneira torta sempre oferecendo Halls, Fruittella e , principalmente, Juquinhas.
Simultaneamente, o flamenguista e o tricolor, que eram mancebos mais confiantes, resolveram apostar suas fichas na mais pedida. O flamenguista, sujeito popular, foi com tudo: mostrou logo o que tinha de melhor e a que veio. Ela pareceu ficar meio balançada e ele julgou-se vitorioso. Mas era uma cilada: que queda! Foi duro de agüentar. E ele ainda teve de aturar um gordinho que também tava se achando.
O tricolor, mais refinado e “cheiroso”, como diria Lulu Santos( até porque ser mais cheiroso que um flamenguista é quase condição de existência), foi ganhando a confiança da gatinha aos poucos. Ele, que era muito fresco, foi derrotando adversários mais experientes e tudo parecia muitíssimo bem encaminhado quando ela despachou aquele cara com quem se pegou durante vários anos. No fim, só ele e mais um não haviam levado toco da menina. Quem diria? O tricolor, que já havia mostrado a ela o cinema, a música, o teatro e todos os seus registros épicos, foi superado por um negão fortão que, dizem as más línguas, fez a mulher perder o ar. Arrisco-me a dizer que esse nosso amigo vai ficar na dele por um bom tempo.




Então, chegamos à atualidade: a garota da vez é aquela bonita, encorpada e que todo mundo sempre quis desde criança. Ela só tem um problema: é difícil que só, ou seja, é preciso paciência para arrebatá-la, além de tempo. Um bom preparo, enfim. Outro problema é que ultimamente dinheiro tem sido condição cine qua non para sair e ficar com ela. Mesmo assim, o flamenguista (sabe-se lá como) arranjou um pouco de grana e já botou as cartas na mesa, afinal um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, e ele já quer ir garantindo o leite das crianças. Os outros três parecem não ter superado os seus traumas e estão devagar nessa investida, mas nunca se sabe, como a menina é difícil, só deve dar o braço a torcer lá perto do fim de novembro. E assim fazer o Natal de alguém mais feliz.
Assim, o vascaíno viu-se livre daquele padrasto gordo e que usa suspensório, mas o novo namorado da mãe é meio explosivo, sei lá. O botafoguense está órfão de pai, todo mundo já sabe e o tricolor, ah, o tricolor ta tão atordoado que vê a sua professora Albina dando aula e só consegue pensar “Lá vem o negão...”.


Nojento! Tcham!

Bom, vamos ver quem leva o Prêmio Anderson Leonardo como Galanteador do Certame. E se eles aprendem a lição pretty well.

Seleção de terracota

Faltando aproximadamente um mês para os Jogos de Pequim, foi divulgada nesta semana a lista com os 18 guerreiros de Xian, quer dizer, jogadores convocados por Dunga para representarem o Brasil durante o maior evento esportivo de todos, a Olimpíada.


Observando blogs de alguns dos principais jornalistas do ramo, percebe-se que a falta de tempo e a inexperiência de alguns dos atletas são motivos de preocupação nacional (ok, nem tanto). A maioria dos que acompanham o "Ecos do Maraca" já deve saber de cor e salteado a lista dos selecionados para a competição, mas para o trabalho ficar completo e aumentar o CR dos blogueiros, aqui vai a chamada do professor Dunga:

Goleiros:
Renan (Internacional); Diego Alves (Almería);

Laterais:

Ilsinho (Shakhtar Donetsk); Rafinha (Schalke 04); Marcelo (Real Madrid);


Zagueiros:

Thiago Silva (Fluminense); Alex Silva (São Paulo); Breno (Bayern de Munique);


Meio-campo:

Lucas (Liverpool); Anderson (Manchester United);

Hernanes (São Paulo); Thiago Neves (Fluminense);

Diego (Werder Bremen); Ronaldinho (Barcelona);



Atacantes:

Robinho (Real Madrid); Alexandre Pato (Milan);

Rafael Sobis (Betis); Jô (Manchester City);


Comissão técnica:

Jorginho (auxiliar técnico); Dunga (técnico?); Zangado (torcedor);

Dengoso (preparador físico); Feliz (dirigente); Atchim (médico);

Mestre (cozinheiro); Soneca (motorista) e Branca de Neve (massagista).


Em relação ao grupo, algumas ponderações: No lugar do Ilsinho ou do Rafinha, deveriam ter sido convocados o Henrique, ex-Palmeiras, ou o Ramires, ótimo volante que joga no Cruzeiro; O Jô deve ter feito realmente um campeonato russo impecável, digno de Wágner Love...será que não temos nenhum outro atacante sub-23 melhor do que ele? Numa sobrevoada rápida, lembrou-se rapidamente de Guilherme, do Cruzeiro, Keirrison, do Coritiba, ou até Diogo, da Portuguesa. Enfim, nome é o que não falta.

Apesar de tudo isso, as questões principais para os Jogos são as seguintes:

Será que Ronaldinho Gaúcho atingirá um bom ritmo de jogo até o início da competição? Tomara, tomara mesmo, porque mesmo pesando 100kg, ele é melhor do que muitos jogadores do mundo. Opinem.



Será que o nosso grande técnico / anão /árbitro- de-campeonato-de -faltas conseguirá botar a seleção nos trilhos, jogando ofensivamente e bonito? Comentem.




Porque raios só começou a se pensar nessa equipe agora? Esse projeto já deveria ter começado há no mínimo 6 meses atrás. O grupo já deveria estar treinando na regularidade que o calendário da FIFA permite há muito tempo. Porque o projeto não foi destacado da seleção principal? Afinal de contas, o Brasil nunca ganhou uma medalha de ouro olímpica no futebol, então já está mais no que na hora da CBF ( e o seu rei momo) priorizar o torneio, em vez de olhar só para o bolso.



Boa sorte para os pupilos na Granja Comary, e que eles não sejam paradões como os guerreiros do primeiro imperador da China, mas que demonstrem todo o talento do futebol canarinho e que tragam a medalha de ouro no peito. Ela é possível, só basta acreditar, trabalhar e não petrificar.




7 de jul. de 2008

Depois da tempestade...

A eliminação na Libertadores deste ano frente ao América-MEX, em pleno Maracanã, foi um dos maiores vexames da história do Flamengo. A ela, seguiu-se uma série de provocações dos outros rivais, e um sentimento de desconfiança quanto ao futuro da equipe na temporada. Para piorar, Vasco e Botafogo seguiam firmes na Copa do Brasil, e o Fluminense fazia bela campanha na própria competição sul-americana. Assim, o torcedor rubro-negro, que havia deliciado-se com o título estadual, passava de algoz a vítima - o fato inclusive mereceu um post no blog, pelo companheiro Canhoto.

Na época, este blogueiro tratou de escrever um post falando sobre a necessidade do Flamengo manter a tranqüilidade, pois tinha elenco capaz de, pelo menos, voltar à Libertadores em 2009. Por um outro lado beneficiado por precisar se concentrar apenas no Brasileirão, o time começou muito bom o torneio, enquanto seus rivais poupavam-se para as copas. Eis que a sorte rubro-negra começou a virar. Primeiro, Vasco e Botafogo foram eliminados nos pênaltis, na mesma noite, nas semifinais da Copa do Brasil. O Fluminense seguiu sua campanha irretocável na Libertadores, deixando o torcedor rubro-negro ainda ressabiado. Mas bastou Cevallos pegar três pênaltis na última quarta-feira para a felicidade rubro-negra ser completa. Além de ver o rival fracasar no maior torneio sul-americano, o sentimento maior era o de alívio.

Então, completadas nove rodadas do Campeonato Brasileiro, o que equivale, basicamente, a 25% do torneio, o Flamengo é líder isolado, com cinco pontos de vantagem. O maior mérito de Caio Júnior e seus comandados foi ter mantido a tranqüilidade mesmo depois do fracasso histórico e, também, da derrota para o São Paulo no Maracanã. A equipe mostra, sim, ter um elenco capaz de suportar a competição e eventuais transferências para o exterior, exceção feita para as laterais e o gol. Outro ponto positivo neste começo de campanha é a forma como o time vem atuando fora de casa, totalmente diferente dos anos recentes, em que goleadas para times do Sul, por exemplo, eram corriqueiras. Obviamente, a equipe ainda precisa ser provada um pouco mais, pois, embora tenha vencido adversários difíceis, como Sport e Internacional, perdeu em casa para um adversário direto: o São Paulo.

Quanto aos jogadores, vale ressaltar a fase excepcional de Juan e Léo Moura. Quem acompanha o Flamengo sabe que são raras as vezes em que os dois atingem boa fase ao mesmo tempo. O normal mesmo é um deles estar voando e o outro, apenas coadjuvante. Porém, quando os dois compartilham do bom momento, a equipe ganha demais em força ofensiva, o que pode ser notado pelas boas atuações recentes. Na defesa, a dupla formada por Fábio Luciano e Ronaldo Angelim mantém a regularidade, enquanto Ibson finalmente recuperou seu bom futebol no meio campo, assim como Kléberson vem subindo de produção. Marcinho, mesmo fraco tecnicamente, vem mantendo a fase iluminada quanto à artilharia, garantindo a função que seria de Souza.

São estes os pilares que, junto com Caio Júnior, sustentam a liderança do Brasileiro. O técnico, aliás, começa a deixar a equipe à sua feição: Renato Augusto agora é meio-campo, embora precise de seqüência de jogos para poder se firmar, e as jogadas ensaiadas, negligenciadas nos tempos de Natalino, vem se mostrando essencial. Junte tudo a um elenco farto no meio-campo e ataque, e o Flamengo mostra ser forte, sim, para a disputa do campeonato. A preocupação, agora, é evitar que o mesmo clima que derrotou o time contra o América volte a assolar a Gávea. Concentração e humildade. Pode parecer clichê, mas é o que o Flamengo precisa, no momento, para manter-se no pelotão da frente.

Outras Notas:

* Gérson Magrão, cujo passe pertencia ao Flamengo no início do ano, foi vendido ao Cruzeiro por R$ 2 milhões. Vale lembrar que o passe do meia foi trocado pelo de Léo Medeiros, hoje, graças a Deus, longe da Gávea. Para um time que precisa urgentemente de dinheiro para manter Ibson, mais uma mostra de como a diretoria ainda comete erros inexplicáveis e cruciais - vender jovens promissores por pechincha pode ser incluído nesta lista.

* Falando na negociação por Ibson, uma ótima noção para os rubro-negros: o meia acertou nesta segunda sua permanência por mais um ano. Ibson era o jogador mais provável para sair do time, mas com a negociação, a tendência é que o futebol do meia melhore, uma vez que ele admitiu que a indefinição quanto ao seu futuro estava interferindo em seu desempenho.

* Um trunfo da equipe em relação a seus concorrentes está no mercado de transferências europeu. Além de Ibson, existem poucos jogadores que possam sair para a Europa no elenco, ao contrário de times como São Paulo, Palmeiras e Cruzeiro, que podem perder seus principais jogadores, embora também tenham bons elencos.

1 de jul. de 2008

Eu acredito.




As crenças mais inabaláveis de que se tem notícia baseiam-se em fé, nada além da fé. Ainda que haja inúmeros motivos racionais que levem a determinada conclusão, não é o caminho lógico que percorrem as crenças de um apaixonado torcedor de futebol. Ainda que ele se rodeie de estatísticas, de números, de dados, não é isso que o move. É outra coisa, vinda sabe-se lá de onde, que faz o coração pulsar mais forte em momentos decisivos, que faz aflorarem as lágrimas e o riso, o silêncio e o grito. Uma fé inabalável que não cai diante de quaisquer tabus, secações, probabilidades ou óbvios ululantes. Pelo contrário, ela se fortalece com isso.

É por isso que cantam mais alto os torcedores do Flu, num simples jogo treino. É por isso que, espontaneamente, surge entre eles o inconfundível grito, eloqüente em sua simplicidade: “eu acredito”.


É o inexplicável que permeia o futebol que faz desse o esporte mais amado do mundo, que faz dele a metáfora tão perfeita e fiel da vida. Apenas em jogos épicos como os protagonizados pelo tricolor o imponderável da vida se traduz. Só um gol aos 46 do segundo tempo faz a vida explodir no peito tão intensamente num único segundo.

E é esse inexplicável, esse imponderável, essa vida explosiva e intensa que se adivinha guardada nos peitos de cada tricolor do mundo. Tricolores que, ansiosamente, de coração pulsante e valente, aguardam. Esperam.


A tradução perfeita da vida: golpes inesperados podem nocautear qualquer um, e é preciso extremo auto-controle e muita força de vontade para se recuperar deles.

O Fluminense tomou quatro gols no primeiro tempo. Esteve irreconhecível, sem combate, sem a vibração que lhe foi peculiar e que credenciou-o de maneira tão indefectível para essa final de Libertadores. O gol no segundo tempo refletiu parcial poder de reação. Mas esse poder será mais evidente e mais contundente quarta-feira, no jogo de volta, onde a vida transbordará aos borbotões pelas arquibancadas do Maraca, e a crença inabalável, maior que os 80 mil torcedores presentes – fisicamente –, conduzirá o tricolor – por mares revoltos, não há duvida – ao cais vitorioso.



E não venham os secadores de plantão dizer que foi soberba, que se repetirá o Maracanazzo protagonizado por Cabañas. Em nenhum momento o Fluminense desprezou a LDU – nem mesmo Renato Gaúcho, notório fanfarrão, que tem se mostrado mais reservado ultimamente no que se refere a fazer comentários específicos acerca de seus adversários.


O Fluminense perdeu em Quito porque foi pior. Porque esteve desorganizado, porque foi traído pela altitude, porque não soube conter Guerrón. Qual a dificuldade em reconhecer isso? Porque há uma necessidade de se buscar motivos ocultos, razões mais profundas e menos óbvias para o que está na nossa frente?


Portanto: o Fluminense perdeu porque foi pior. O que, forçosamente, não deixa de conter certa dose de esperança para o jogo do Maraca. O Flu não perdeu porque o time da LDU é superior. O Flu perdeu porque errou, e não soube lidar com esses erros. Caso corrija essas falhas para o jogo de quarta, o tricolor carioca tem plenas condições de fazer o resultado de que precisa.


Acreditando – sempre – nisso, também cabe recomendar a esses secadores que não incorram no erro de dizer que o Flu chegou aqui “apenas” por sorte. Renato Gaúcho definiu bem: sorte está aliada a compentência.


Então, por favor, não me venham com a pequeneza de reduzir os feitos do Fluminense ao acaso. Ninguém faz três gols na poderosa defesa do São Paulo por sorte. Ninguém empata com o Boca em Buenos Aires por sorte. E, certamente, ninguém bate o atual campeão da América por 3x1 casualmente. O tricolor jogou o futebol mais visceral, mais apaixonado, mais verdadeiro da Libertadores. E não será uma partida infeliz que mudará isso.




Ademais, o tricolor irá se redimir no Maraca. Porque está imbuído com a fé de seus torcedores. Que acreditam. A torcida é parte integrante do tricolor; está muito além de mera motivadora. O Fluminense é sua torcida. Muitos torcedores, de muitos times, torcem da Boca pra fora. Mas os torcedores do Flu não.

Porque torcer para o Flu não é uma mera característica, não é apenas um adjetivo para esses torcedores. Ser Fluminense é substantivo, é intrínseco à própria substância do torcedor, faz parte de seu ser, é coisa de âmago, de cerne, de alma. O escudo tricolor, do lado esquerdo do peito, não protege o coração: ele é o coração.

Eu sou Fluminense. Eu acredito.


Se não é provável, se dizem que é impossível, se ninguém mais acredita... eu acredito.

Se as chances estão contra nós, se estaremos contra tudo e contra todos... eu acredito.

Se somos apenas nós e o Fluminense, mais ninguém a favor... eu acredito.

A análise tática, a probabilidade matemática e a estatística fria dos números não podem medir o tamanho do ímpeto tricolor.
Tem algo nesse time do Fluminense que vai além da (des)organização tática de Renato Gaúcho, que vai além da justiça do time mais bem armado, que vai além dos tabus, tradições e estatísticas. Que vai além da descrença.
O time do Fluminense é maior que isso tudo, ele ganha numa Justiça Divina do que luta mais, do que morre e renasce das cinzas, do que tem um Coração Valente que nunca pára de pulsar. Do que acredita. Numa crença que move montanhas, mares, são paulos e bocas; que muda a lua de lugar só pra iluminar o time; que faz corações pararem e voltarem a pulsar. Corações que, mesmo que feridos, ainda pulsam.

Eu sou Fluminense. E, apenas por isso, eu acredito.

Qual vai ser?

Talvez seja tarde, pois todo candidato a Mãe Dinah profissional dá seus palpites antes de o campeonato começar. Talvez seja cedo, afinal oito rodadas não são parâmetro para nada, e geralmente críticos e blogueiros em geral demoram mais tempo( mais ou menos mais umas 5 rodadas) para definir seus princípios de chute.
Como quem fica no talvez não sai do sofá, vamos para um exercício de futurologia “experimentada” agora mesmo, após a oitava rodada. Afinal, após quarta-feira, quando saberemos se os tricolores cagam ou não para o campeonato, ninguém mais vai poder dizer que Campeonato Brasileiro é coisa de pobre. Ou vai.
Com oito rodadas, já temos um certo desenho, um certo pela-saquismo e um festival de besteiras assolando o país. Então porque não podemos nós também dar nossos pitacos? É hora de separar o joio do trigo e dizer: qual vai ser a desse campeonato? Quem vai sambar e quem vai cantar?

Como eu não me responsabilizo pelas besteiras que falo, aqui vão minhas previsões,de acordo com as colocações:

Flamengo – Cavalo Paraguaio. Desculpem-me os mulambos, mas eu não posso ( e não quero) crer que um time possa cagar 38 rodadas. Sendo assim, acredito que o tempo será o maior remédio para o Mal ( com letra maiúscula mesmo) e , no fim, tenhamos a Nação Rubro Negra comemorando um sexto ou sétimo lugar.

Grêmio- Outro. O plantel é de razoável para ruim, e é natural que times boçais com treinadores toscos ( alguém aí falou em Celso Roth?) larguem na frente em campeonatos que são um no começo e outro no fim. Mas pelo menos vai servir para que o Roger volte às revistas de moda e (principalmente) de fofoca, como o grande craque que é.

Cruzeiro- Não chega a ser cavalo paraguaio, mas também não é essa malemolência toda. O grande problema é que o time é jovem demais para a Europa não crescer o olho em seus jogadores.

Palmeiras- Infelizmente, acho que vai dar eles. Têm plantel, técnico, estrutura, apoio do Neto, enfim, tudo que um time campeão precisa ter. O duro é ter de agüentar a paulistada dominando a zona outra vez.

Vitória- Sempre tem um time que vem da série B e causa um certo incômodo. Acho que esse ano são os baianos mesmo, que parecem fazer uso do alçapão do Barradão e do talento de Vagner Mancini como suas grandes armas. Dinei, que não é aquele que jogou no Corinthians e posou pelado ( que credenciais, hein?), parece ser o talento que vai jogar em algum time tosco da Rússia no ano que vem.

Náutico- Quase igual ao Vitória, só que não veio da série B. Tem Ruy Cabeção no plantel, o que garante, no mínimo, uma boa dor de cabeça pros times adversários. Ta, péssima piada.

São Paulo- Enquanto tiverem Muricy e dinheiro, os são paulinos podem esperar, no mínimo, boas campanhas. Com a saída de Adriano, o time tende a ser um time ( parece óbvio, mas não é) e aí, aquela manjada eficiência volta à tona. Um segundo ou terceiro lugar pra eles.

Portuguesa- Time sem talento, mas não o suficiente para ser rebaixado. Vai brigar pra ficar, mas fica.

Vasco- Não vai feder nem cheirar. Dentro de casa é sinistro pra ganhar deles. Sendo assim, seremos obrigados a ouvir os gritos esganiçados de “ Ô Betôôôôô!” de Antônio Lopes durante todo o campeonato.

Coritiba- Também vão incomodar, mas não tanto. Carlinhos Paraíba não vai durar muito no time.

Atlético-MG- No ano do centenário, não vai rolar uma Xuxa com “Hoje vai ter uma festa...”. Parece mais propício escutar o famoso funk “ Um Feliz Aniversário, teu presente é meu...”. Vai ser duro.

Atlético-PR – E a saga do chove-não molha persiste...

Figueirense- zzz.....Gol de Asprilla!

Internacional- Se o Abelão tivesse permanecido, fatalmente o time brigaria pelo título. Mas com Tite, sei lá...mesmo assim, top 5 para eles.

Sport – Selo “Odeio Cagar Fora de Casa” pra eles. A Ilha do Retiro é até um local propício para atividades fecais, haja vista o pasto que é o seu gramado. Dá até pra deixar o time em stand by e financiar uma empresa de adubos oriundos da criação de burros que se alimentam do pasto. Até porque o time só precisa ir lá de quinze em quinze dias fazer alguém sofrer e ganhar os três pontos. Nesse intervalo, vão visitar alguma cidade interessante do país e tirar fotos.

Botafogo – Quem vai penar não vai ser o time, mas sim a torcida, com jogos modorrentos. Na tabela, nada de mais, talvez uma Sulamericana, ou quem sabe, um gol do Wellington Paulista, mas o provável mesmo é que Castillo seja eleito o melhor goleiro estrangeiro da competição, derrotando seu grande adversário, Viáfara, grande concorrente.

Santos- Mestre Cuca terá trabalho. Um time que parece caricatura do que era há alguns anos e, diga-se a verdade, só chegou tão longe no último ano graças ao talento de VL. Uma hora vão engrenar, digo, enganar, ganhar umas cinco e aí voltar a vegetar no campeonato.

Goiás – Timaço. Pra segunda divisão do ano que vem.

Ipatinga – Rumo aos 21 pontos!

Fluminense- A essa altura, ninguém acredita mais que eles vão chegar. Mas também não acho que vão sofrer. Depende muito do jogo de quarta. Mas já vejo Renato Gaúcho afirmando com aquela cara de marrento que “o meu time não precisa disputar o Brasileiro. Quem tem que se preocupar com a gente é o Manchester United”.