9 de mai. de 2008

Botafogo empata em Minas e empurra a decisão para o Engenhão.



Apesar de ter um time considerado superior, o Botafogo não conseguiu se impor diante de um Atlético Mineiro empolgado com a grande presença de sua torcida - 43.086 pagantes - no Mineirão. O alvinegro teve duas boas chances e jogou melhor durante boa parte do primeiro tempo, saindo bem organizado no contra-ataque. As duas chances saíram dos pés de Fábio, substituto de Wellington Paulista, que mandou uma na trave e a outra no travessão, em bom chute da entrada da área. O Galo dominava a posse de bola, mas era muito desorganizado, apesar disso também teve boas chances.

No segundo tempo, domínio amplo do Galo, mas com extrema dificuldade na hora de finalizar as jogadas. A defesa do Botafogo, totalmente desorganizada e perdida em muitos lances, foi constantemente ameaçada pelos ataques do time mineiro. Para a sorte do Bota, o time do Galo perdeu chances simplesmente inacreditáveis, algumas por falta de qualidade técnica, outras por falta de sorte.

O saldo final é o menos desfavorável para o Galo - que não venceu em casa - e o menos favorável para o Bota - que não perdeu fora, mas não pode empatar em casa. Enfim, a decisão fica para o segundo jogo do confronto, no estádio mais moderno da América Latina, o Engenhão. Lá o Botafogo tem a vantagem de conhecer como ninguém os atalhos do campo e contar com a presença da torcida, que deve comparecer mais uma vez, como tem feito em todas as partidas na Copa do Brasil.

Fla eliminado da Libertadores: 3 a 0 América

Depois de uma derrota como essa, há pouca coisa para se entender ou explicar. É daquelas zebras que ficam marcadas na história do clube e fazem a festa dos rivais. Algumas coisas, porém, precisam ser esclarecidas: o Flamengo não perdeu porque Fábio Luciano não jogou, nem porque fez festa para Joel antes da partida. Perdeu porque pensou que o adversário era peso morto. Perdeu porque subestimou, não só o América, mas também o Futebol, assim mesmo, em letra maiúscula. O mesmo Futebol que fez o Botafogo perder para o River, que levou o Fluminense à terceira divisão ou ajudou o Gama a eliminar o Vasco no dia em que supostamente sairia o gol mil de Romário.

Deixando a filosofia de lado, o jogo foi bem atípico. Quem olha o placar pensa que o América dominou a partida. Na verdade, os mexicanos ficaram atrás durante toda a partida e marcaram seus gols em chegadas esporádicas ao ataque: dois chutes lascados de Cabañas e um contra-ataque. O Flamengo jogou como se estivesse em desvantagem desde o começo, enervou-se à toa e não soube controlar o jogo.

Para a seqüência da temporada, será necessário superar a decepção. Caio Júnior precisa de tempo para reorganizar a equipe. A estréia no Brasileiro em um Maracanã de portões fechados, ironicamente, será da melhor forma possível, embora a torcida tenha agido de forma relativamente pacífica à derrota - apedrejamento de ônibus à parte.

Pensando em elenco, o Flamengo tem uma equipe forte, que pode, sim, brigar para voltar à Libertadores.Para isso, o trauma psicológico decorrente desta eliminação não pode afetar os jogadores por muito tempo, nem servir de desculpa para um hipotético começo ruim de Brasileiro.

Enfim, a recuperação do Flamengo neste ano, na medida do possível, passa muito mais pela cabeça dos jogadores do que tecnicamente, embora uma mudança de comando também esteja acontecendo. Entretanto, Caio Júnior terá todo o campeonato para acertar a equipe, enquanto os problemas psicológicos podem incluir, além da decepção da eliminação, os atrasos de salários e a insatisfação com a reserva.

Há muito a ser feito, e provavelmente o Flamengo vai demorar para deslanchar - se deslanchar - no Brasileiro. A esperança é que o jogo de quarta-feira sirva de exemplo para o grupo e marque uma mudança de mentalidade nos jogadores.

Quem estava com problema de gozar nesse dia gozou com certeza, gozou sem precisar fazer força



O título dessa postagem foi proferido pelo presidente Eurico Miranda, quando descrevia a noite da última quarta do torcedor vascaíno, ao repórter Felipe Andrade da Rádio Bandeirantes. Realmente foi uma noite especial, São Januário estava lotado e o Vasco deu um grande passo rumo à semi-final da Copa do Brasil ao golear o Corinthians/AL por 5x1.

O trabalho de Antônio Lopes merece ser destacado. Há quem defenda que os três zagueiros juntos não dão um - argumento ratificado pelo gol da equipe alagoana - porém o time está menos vulnerável e podendo aproveitar a ofensividade de seus alas. Madson como ala esquerdo foi um ótimo achado do ex-delegado. O então meia andava sem prestígio na colina desde a chegada de Celso Roth e acabou emprestado ao Duque de Caxias e América/RN. Madson mostrou a habitual habilidade e muito vigor físico, parece que a camisa 6 tem um definitivo dono.

O caos no trânsito ao redor do estádio e a grande procura por ingressos, intensificada pela tradicional desorganização nas bilheterias (farra dos cambistas), confirmava a expectativa de casa cheia. Quando a equipe entrou em campo houve o tradicional canto do nome de cada jogador, menos de um. Leandro Amaral precisaria mostrar empenho e reviver as boas atuações para readquirir o respeito da torcida. Essa fez sua parte ao lotar o estádio, sendo necessário abrir o espaço destinado à torcida visitante para acomodar os vascaínos que ainda entravam nas arquibancadas durante todo o primeiro tempo. O estranho público pagante de 20245 foi vaiado pela torcida, visto que muitos tiveram de ficar de pé no alambrado para assitir ao jogo em um estádio com supostamente mais de 30 mil lugares (a final da Libertadores de 1998 registrou cerca de 37 mil torcedores).

O gol do Corinthians logo aos 2 minutos, após uma furada de Eduardo que sobrou para Reinaldo Alagoano fuzilar Tiago, fez o torcedor vascaíno lembrar de passados insucessos na Copa do Brasil dentro de São januário, ainda mais que com 1 minuto Leandro Amaral perdeu um gol incrível depois de bela assistência de Edmundo. Os cruzmaltinos acusaram o golpe, a torcida pressionou. Mas em noite de caldeirão transbordando, a vitória era questão de tempo. O time capenga, que se limitava a jogar pela direita, com Wagner Diniz e Morais, teve a opção do promissor Madson, que mostrou desenvoltura como ala. O Corinthians não suportou a pressão e Jota fez contra aos 22 o gol de empate. O Vasco seguiu impondo seu jogo e chegou a virada com Edmundo, aos 36, após ótima jogada de Wagner Diniz que teve grande atuação.

No segundo tempo os alagoanos partiram para cima e jogaram de igual para igual, assutando em duas jogadas perigosas, salvas pelo goleiro Tiago, uma em difícil cabeçada rente ao pé da trave. O camisa 10 do Corinthians - Daniel - levava vantagem sob a defesa vascaína e criava as melhores jogadas dos visitantes. Com espaço para contra-atacar, a equipe da colina aproveitou para ampliar a diferença no saldo de gols do confronto. O terceiro saiu aos 13 minutos, depois de lançamento de Edmundo para o veloz Madson, que cruzou para trás e achou Morais livre, o camisa 98 (camisa comemorativa que relembra o título da Libertadores) finalizou cruzado de esquerda, sem chances para o goleiro Veloso. Aos 20, Leandro recebeu de Wagner Diniz e sozinho na área finalizou com o seu habitual toquinho por cima do goleiro, já atirado ao chão. A torcida apaludiu o centroavante após pedido de Edmundo, com exceção do Tiago, os demais jogadores abraçaram o reestreante. Em uma tabelinha, com o próprio Leandro, Edmundo fez o quinto e fechou o placar.

A noite foi completa. Com a boa vantagem adquirida nas qurtas-de-final da Copa do Brasil e com o já esperado resultado do Maracanã. Na comemoração de um dos gols, um copo plástico foi atirado próximo ao bandeirinha que relatou o fato a o juíz. Porém o responsável foi identificado e responderá judicialmente, assim o Vasco se livrou de perder o mando de campo em futuras partidas por campeonatos nacionais. O jogo de volta será na quarta que vem, às 15h no Estádio Nélson Feijó em Maceió, que não possui iluminação, com transmissão da TV fechada. Domingo o Vasco enfrenta o Inter no Beira-Rio às 16h com transmissão da TV aberta. Edmundo deve ser poupado e Jean contundido é dúvida.

FICHA TÉCNICA VASCO 5 X 1 CORINTHIANS-AL

Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 07/5/2008 - 19h30min (de Brasília)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha(GO)
Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa-SP) e Fabricio Vilarinho da Silva (GO)
Renda/público: R$ 214.220,00/20.245 pagantes
Cartões amarelos: Morais, Wagner Diniz, Vilson (VAS); Fábio Neves, Maizena, Jota, Daniel, Selmo Lima (COR).
GOLS: Reinaldo Alagoano, 3'/1ºT (0-1); Jota, 21'/1ºT (contra/1-1); Edmundo, 36'/1ºT (2-1), Morais, 13'/2ºT (3-1), Leandro Amaral, 20'/2ºT (4-1), Edmundo, 25'/2ºT (5-1).

VASCO: Tiago, Vilson, Jorge Luiz e Eduardo; Wagner Diniz, Jonílson, Leandro Bomfim (Pablo - 43'/2ºT), Morais (Alex Teixeira - 37'/2ºT) e Madson (Calisto - 33'/2ºT); Leandro Amaral e Edmundo. Técnico: Antônio Lopes.

CORINTHIANS-AL: Veloso, Maizena (Carlos Renato - 27'/2ºT), Selmo Lima e Wilson; Rogerinho (Claudinho - 16/2ºT), Jota, Du, Daniel e Irineu (Tozin - 14'/2ºT); Fábio Neves e Reinaldo Alagoano. Técnico: Gilmar Batista

Fonte: Lancenet (ficha), Youtube (vídeo) e NetVasco (foto)

Flu joga miúdo e vence o Nacional (COL). "Mas venceria o Boca?" - eis a questão.

Terça-feira. 18h30. Hora do rush.

Trabalhadores enfrentando o trânsito infernal, loucos pra chegarem em casa.
Com exceção de cerca de trinta mil fiéis torcedores que, ignorando o incômodo do horário de jogo absolutamente esdrúxulo, foram ao Maraca torcer pelo tricolor, no segundo jogo das oitavas da Liberta. O Flu poderia perder por 1x0 que se classificaria.

O time de Renato Gaúcho colocou o regulamento embaixo do braço e jogou apenas o suficiente para vencer.

O suficiente para vencer o Nacional de Medelín, diga-se de passagem.
Gabriel continua a não jogar nada. Foi substituído por Carlinhos no fim. O puxão de orelha foi bom, o filho do saudosíssimo Wladimir bem que poderia esquentar o banco na estréia do Brasileirão, contra o Atlético-MG. Com uma bunda daquele tamanho, ficar sentado não é problema.

Thiago Neves é outro que só joga quando quer. Anda em campo, fica esperando bola no pé, e quando a tem, tenta lances de efeito. Se é pra ir pro Manchester, que vá logo e não afunda o time. Entra dinheiro em caixa e o tricolor ainda teria tempo de arranjar outro meia razoável.

Ou então veste a camisa e joga. Põe raça nessa porra. Sua. A torcida suou pra comparecer ao estádio nesse horário bizarro. O mínimo que 'cê pode fazer é correr em campo, brigar, dar o sangue, e agradecer quando o Renato te substituir e você sair de campo com a torcida gritando o seu nome, mesmo que não tenha jogado nada.
O Dodô, de volta depois de dois meses parado, também esteve sumido no jogo, mas pelo menos esse tem alguma desculpa.

Washington está em fase absolutamente pavorosa. Verdade que as bolas pouco chegaram a ele na noite de terça; mas, nas poucas vezes em que a teve sob seu domínio, se enroscou e acabou sendo desarmado.

Em meio à apatia dos que jogam sem vontade, nem deu gosto de ver quem corre, sua, dá o sangue.

As melhores oportunidades surgiram pela esquerda, porque o Júnior César correu pra cacete, mesmo não estando particularmente inspirado.

Conca também jogou com a raça de sempre, e as melhores oportunidades surgiram das tabelas entre ele e o Zack do Power Rangers, o lateral-esquerdo do Flu.

Entretanto, o grande destaque da partida era o homenageado da noite, que nem recebeu tantas felicitações quanto merecia.

Roger, substituindo Thiago Silva, com estiramento na coxa, faria sua centésima partida pelo tricolor carioca. O herói do título da Copa do Brasil jogou como sempre joga: com o sangue, com a alma, com espírito de Libertadores; correndo o campo inteiro.

E, como na final contra o Figueirense, foi recompensado: fez, de cabeça, o único gol do jogo sem-graça, que deu ao Flu a classificação para as quartas-de-final. Obrigado, Roger.


Jogando miúdo, o tricolor carioca não teve dificuldades pra vencer o Nacional. Venceu mais uma das pequenas batalhas do cotidiano.

Ainda bem, porque recentes exemplos mostram que nem todos têm a mesma sorte quando jogam miúdo. Jogam miúdo, mas com pompas de grande espetáculo, grande festa, grande despedida. Que riem quando perdem gol, que viram as costas pro adversário, que acham que cachorro ferido é cachorro morto.

Isso aqui é Libertadores, rapá.

E, daqui em diante, nenhum jogo mais vai ser uma pequena batalha do cotidiano. Porque é chegada a hora das batalhas épicas da Libertadores, os grandes jogos guerreados até o fim, nervos à flor da pele, Grêmio x Peñarol.

Adriano é melhor que Muñoz. É melhor que Cabañas.

Maracanazzos evidenciaram: os fracos não têm vez.

Não é mais hora de jogar joguinho fácil... correndo pouco... volta andando. . . toquinho de lado. . . Maurício no lugar de Neves. . . vou pra Europa. . . decido em casa. . .

É hora de jogar como se não houvesse amanhã, é hora de ir à guerra, é hora de extremismos babacas e sem sentido que não valem nem na guerra nem no amor, só valem no futebol, vencer ou vencer, matar ou morrer, sobreviver ao Morumbi e ao Maraca (e dêem graças por não precisarem sobreviver ao Bombonera), dizer: "joguei com raça, ganhei do São Paulo, e, sim, venceria o Boca".

Porra nenhuma de "o show tá começando".

Isso aqui é guerra, e já começou.

8 de mai. de 2008

Fim de Jogo! Parte II - Os Piores


Como prometido, aqui vai a seleção dos piores do Campeonato Carioca 2008...

Os Piores:

- Diego

Na única partida em que disputou - Fluminense 4 x 1 Flamengo - sofreu 4 gols, tendo falhado em 3. Depois dessa "grande" atuação, Joel, que vinha poupando Bruno para a Libertadores, desistiu de poupar o goleiro e quando foi obrigado a poupá-lo escalou o desconhecido Marcelo Lomba.

- Túlio Souza

Quando atuou como volante não convenceu, mas o pior aconteceu quando foi improvisado na lateral direita no primeiro jogo da final, Túlio Souza foi sacado por Cuca após tomar um amarelo, e quase ser expulso, nos primeiros minutos do jogo, quando vinha sofrendo pra marcar Juan.

- Vilson

Fraco tecnicamente e atabalhoado. Fez um péssimo Campeonato Carioca.

- Luisão

Muito mal no campeonato.

- Calisto

O mais testado dentre os bizarros - e fraquíssimos - laterais-esquerdos do elenco do Vasco.

- Ygor

Veio para o Flu como indicação de Renato Gaúcho, mas já volta a ser chamado de PerYgor, relembrando a "excelente" fase no Vasco.

- Jaílton

Pergunte a torcida do Flamengo...

- Íbson

Não manteve o bom futebol da temporada passada. Entra para a lista por ter sido a grande decepção do estadual, não jogou nada.

- Zé Carlos

Começou muito bem, como artilheiro do Botafogo inclusive, mas caiu muito de produção na Taça Rio e foi muito mal nas finais do Carioca, muito mal mesmo, bisonho.

- Alan Kardec

Não foi dessa vez que o jovem "incorporou" o Roberto Dinamite e, ainda por cima, arrumou uma demissão espírita para Romário, minutos antes de uma partida.

- Souza

Muita confusão e polêmica, pouco futebol e raros gols. Esse só é artilheiro no Winning Eleven...

Técnico:

- Romário

Não venceu nenhum clássico como técnico e se demitiu em estranha confusão com Eurico Miranda.

PS: Em breve: os personagens...

6 de mai. de 2008

Fim de jogo!



Fim de campeonato e é aquela coisa, cada um faz sua lista de melhores, piores e etc. Nós não poderiamos deixar de fazer nossas listas e após longa discussão, - e muita perda de tempo, regada a Coca e Banconzitos - aqui estão nossos escolhidos:

A Seleção:

Nossa seleção joga em um 4-4-2 bem ofensivo. Os volantes sabem jogar e os laterais são quase alas, bem ao estilo carioca, sem medo de partir pra vitória. Aí vão eles:

- Bruno (Flamengo)

Mesmo com a falha na decisão, Bruno foi o goleiro mais regular do campeonato. Tranqüilo e muito bom nas bolas aéreas, caiu definitivamente nas graças da torcida rubro-negra.

- Léo Moura (Flamengo)

Não jogou tudo o que pode, mas ainda assim foi sempre boa opção de jogadas para o Fla. Habilidoso, o lateral mostrou evolução na marcação e ainda apareceu na frente, marcando quatro gols.

- Fábio Luciano (Flamengo)

O capitão rubro-negro foi o grande pilar da defesa. Além da liderança exercida em campo e da grande regularidade, ainda marcou gols importantes para a equipe, como na semifinal da Taça Guanabara, contra o Vasco.

- Thiago Silva (Fluminense)

Aclamado pela torcida tricolor como “o melhor zagueiro do Brasil”, Thiago Silva fez jus aos elogios em um campeonato carioca extremamente regular. Jogador de desarme preciso e poucos faltas, sabe conduzir a pelota com categoria, dando qualidade à saída de bola do Flu. É bom no jogo aéreo e, além disso, é dono de um canhão na perna direita. Marcou três gols no campeonato e salvou a retaguarda tricolor em inúmeras ocasiões.

- Juan (Flamengo)

O lateral começou o ano mal, mas logo recuperou a forma e transformou-se no líder de assistências do Flamengo no campeonato, além de grande atuação nas finais.

- Cícero (Fluminense)

Um dos jogadores mais versáteis do futebol carioca. Originalmente volante, Cícero foi escalado como meia e, em várias ocasiões, como atacante durante o campeonato carioca. Trata-se de um exímio cabeceador, com uma incrível impulsão. Também tem um chute forte e preciso. Fez cinco gols no Carioca.

- Diguinho (Botafogo)

Melhor volante do estadual. Um dos jogadores que mais evoluíram nessa temporada, Diguinho deixou de lado a violência dos anos anteriores e apresentou um vasto repertório de desarmes precisos e jogadas de categoria.

- Lúcio Flávio (Botafogo)

Maestro do meio campo alvinegro, Lúcio Flávio não fez um campeonato espetacular, mas seu toque de bola refinado e sua lucidez no meio campo foram sempre fundamentais para as boas atuações do Botafogo. Lúcio foi também o vice-artilheiro do Botafogo e do Carioca.

- Thiago Neves (Fluminense)

O camisa 10 tricolor é considerado por muitos um dos melhores jogadores em atividade no país (se não o melhor). Apesar de não ter sido regular ao longo do campeonato, em diversas partidas apresentou o futebol que consagrou-o ano passado, principalmente nos clássicos contra o Flamengo e o primeiro contra o Vasco. Sabe bater na bola, é bom driblador, tem ousadia e é artilheiro: marcou 8 vezes no Estadual.

- Wellington Paulista (Botafogo)

Artilheiro e destaque do Carioca, Wellington Paulista foi uma das principais peças do esquema de Cuca. A movimentação, os chutes precisos e seu senso de colocação dentro da área foram fundamentais para a campanha que levou o alvinegro ao bi da Taça Rio.

- Washington (Fluminense)

O Coração Valente merece ser destacado por sua grandíssima participação na Taça Guanabara e no começo da Taça Rio. Foi o melhor dentre os então “Três Tenores” do Fluminense, mantendo uma média de quase um gol por partida. Sua presença de área e seu cabeceio formam uma combinação fatal. As más atuações do final do campeonato (culminando no pênalti perdido na decisão do segundo turno) não anularam sua importância para o time durante o resto da competição. Marcou 9 gols.

Técnico:


- Joel Santana (Flamengo)

Soube enquadrar a maioria dos jogadores contratados à base do ano passado. Mesmo insistindo com alguns jogadores, foi inteligente na hora de poupar o time e foi soberbo na final: ousou e foi recompensado com o título.

Revelação:

- Renan

Renan, de apenas 18 anos, esperava jogar entre os titulares apenas em 2009, mas a falta de reservas à altura para Castillo forçou sua estréia. E o garoto deu conta do recado, nos 4 jogos em que atuou, cumpriu seu papel e demonstrou técnica, segurança e personalidade, apesar da pouca idade.

12° Jogador:

- Diego Tardelli

Obina foi o autor dos gols mais importantes das finais, mas foi Diego Tardelli quem deu a maioria dos passes. Além disso, fez o gol do título da Taça Guanabara e incendiou os dois jogos finais quando entrou.


PS: Na próxima postagem: os personagens e os piores do Carioca 2008. Não perca!

5 de mai. de 2008

Flamengo Campeão Carioca: 3 a 1 no Botafogo

Com atuação de gala dos reservas Obina e Diego Tardelli, o Flamengo virou o placar contra o Botafogo e venceu por 3 a 1, no Maracanã. Assim, a equipe conquistou seu 30º título estadual e se igualou ao Fluminense como maior vencedor da competição.

Pode ser clichê, mas será inevitável: foi um jogo em que cada equipe dominou um tempo. No primeiro, o Botafogo encaixotou o Flamengo, anulou os laterais rubro-negros e teve mais posse de bola, embora não traduzisse a superioridade em chances criadas. Os alvinegros acharam o gol numa cobrança de falta despretensiosa de Lúcio Flávio, na qual Bruno falhou. O Fla também chegou pouco, primeiro num contra-ataque puxado por Marcinho - que movimentou-se bem - e perdido bisonhamente por Ibson. Em suma, foi uma primeira etapa marcada pela vantagem das defesas sobre os ataques, com o meio-campo alvinegro aproveitando a formação defensiva - e a conseqüente falta de qualidade no passe - para dominar o setor.

Ao ver o Flamengo engessado, sem conseguir trocar uma quantidade razoável de passes, Joel ousou novamente, para o segundo tempo: tirou um Ibson fraquíssimo e Cristian, e lançou mão de Tardelli e Obina. Assim, a equipe teria apenas dois marcadores - Toró e Jaílton - e, teoricamente quatro atacantes. Teoricamente, porque Tardelli e Marcinho atuaram como meias, principalmente depois do gol de empate de Obina, logo aos cinco minutos. Neste momento, o Natalino foi novamente corajoso: não repôs o meio-campo, como havia feito no primeiro jogo, e manteve os atacantes, apostando na doação dos mesmos na marcação.

O gol abalou o Botafogo, que só ameaçou o gol de Bruno com chutes de longe. Já o Fla apostou nos contra-ataques, e perdeu grandes chances, com Marcinho, Obina e Tardelli, em jogadas que lembraram os mesmos contragolpes do jogo contra o América. Por incrível que pareça, mesmo com um meio campo supostamente aberto, o alvinegro não conseguia dominar o setor como antes, graças à boa atuação de todo o sistema defensivo rubro-negro. Com a entrada de Kleberson no lugar de Marcinho, o Fla fechou ainda mais o meio.

Porém, a vitória começou a se confirmar com a expulsão de Renato Silva: o Botafogo desanimou e, logo depois, levou o segundo gol, em novo contra-ataque, finalizado por Tardelli. Depois, foi tocar a bola e aproveitar os espaços generosos que a equipe de Cuca proporcionava. Nestes espaços, Tardelli lançou Obina, que selou a vitória rubro-negra, alcançada graças à ousadia de Joel e ao ótimo elenco rubro-negro. Se, quando a equipe estava mal, o Fla tinha no banco boas opções, o técnico alvinegro foi obrigado a usar Fábio e Adriano Felício para reverter a situação. Não deu certo.

Parabéns ao Flamengo, campeão que, embora sem as melhores estatísticas, foi mais competente nos jogos decisivos e contou com o bom grupo montado para reverter as situações adversas.

Arrumando a casa: Vasco goleia o Estácio de Sá em jogo-treino

Nesse Sábado, o Vasco deu seqüência aos treinamentos visando o confronto contra o Corinthians/AL pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. A equipe goleou o Estácio de Sá, que disputa a segunda divisão carioca, por 5x0 em São Januário. Gols de Edmundo (2), Leandro Amaral, Matheus e Ernane.

Com portões abertos, a partida teve cerca de mil espectadores que se dividiram quanto ao tratamento dispensado a Leandro Amaral. No primeiro tempo, a equipe cruzmaltina atuou com Tiago, Rodrigo Antonio, Eduardo Luiz e Jorge Luiz; Wagner Diniz, Jonílson, Leandro Bomfim, Morais e Mádson; Edmundo e Leandro Amaral. Após 51 minutos de treino, o comandante lopes levou a campo os reservas: Roberto; Bruno Recife, Vítor e Vílson; Pablo, Matheus (Eduardo), Souza, Alex Teixeira (Ernane) e Gallo; Jean (Abubakar) e Alan Kardec.

Em entrevista pós-jogo, Leandro agradeceu ao apoio dos torcedores, enalteceu o elenco vascaíno e ressaltou a importância desse período de treinamentos para as fases finais da Copa do Brasil e do Brasileiro que começa no próximo final de semana. O Vasco estréia contra o Inter no Beira-Rio domingo, às 16h com transmissão da Tv aberta.

O Próximo desafio do Giagante da Colina será nesta quarta, às 19:30 em São Januário contra O Corinthians/AL. As vendas dos 24 mil ingressos começam hoje. As entradas vão estar disponíveis em cinco pontos de vendas, que são os seguintes: Calabouço, Vasco-Barra, Loteria da Sorte (Rua Gonçalves Dias, 57 - no Centro), São Januário e Lagoa. Os preços também foram divulgados pela diretoria cruzmaltina. A arquibancada vai custar R$ 20 (meia-entrada, R$ 10). Os sócios pagam apenas R$ 10. A venda vai acontecer das 10h às 16h. O jogo da volta será quarta dia 14 em Maceió, às 15h em razão da falta de iluminação do Estádio Nélson Peixoto Feijó.

Eurico negou a suposta despedida de Romário num amistoso contra o Benfica, ainda no mês de maio em São Januário.


Links e foto: www.netvasco.com.br

3 de mai. de 2008

Prévia: Botafogo x Flamengo

(por Rodrigo Paradella)



Chegou a hora para o Botafogo. Se na primeira partida da final o alvinegro teve 4 desfalques, na segunda partida voltam Jorge Henrique e Alessandro, peças fundamentais para o esquema de Cuca. Além disso, ao contrário do que aconteceu na semana anterior à primeira final, quando o Botafogo jogou partida decisiva na Copa do Brasil, quem deve chegar um pouco mais desgastado para a partida de domingo é o rubro-negro, que jogou partida decisiva na Cidade do México na quarta-feira.

Com a volta de Jorge Henrique a equipe ganha velocidade e movimentação no ataque, o que deve segurar alguns jogadores do Flamengo no campo defensivo, especialmente Juan, já que o Jorge Henrique atua praticamente como ponta pela direita no esquema de Cuca. Já a volta de Alessandro aumentará a segurança defensiva da equipe alvinegra pela direita, uma vez que na última partida o responsável pela função(Túlio Souza) foi substituído, ainda no primeiro tempo, justamente por não conseguir realizar boa marcação sobre Juan. Fora o equilíbrio tático em si, o Botafogo deve apresentar mais desenvoltura, pois atuará com o time praticamente completo e com um esquema muito parecido com o habitual, mudando uma ou outra peça.

O retorno dos dois é ainda mais importante porque gera preocupações defensivas ao Flamengo logo na região do campo por onde passa boa parte da criação rubro-negra, a lateral esquerda, onde atua um dos principais jogadores do Flamengo, o lateral Juan. Com Jorge Henrique e Alessandro subindo pela lateral, Juan precisará ficar mais atento a defesa, o que deve impedir o rubro-negro de apoiar o ataque com frequência, como faz todo do jogo de sua equipe.

Acredito portanto que o alvinegro tenha plenas condições de justficar as estatísticas do campeonato(melhor ataque e defesa, maior número de pontos, artilheiro e melhor desempenho em clássicos), que apontam, sem exceção, o Botafogo como melhor time do Carioca.

Palpite: Botafogo 3 x 1 Flamengo

FLAMENGO
(por Felipe Schmidt)

Além do Botafogo, o grande rival do Flamengo será o desgaste provocado pela viagem ao México, no meio da semana, e a falta de treinos decorrente disso. Por outro lado, a motivação, proveniente da boa atuação de quarta-feira e pelo fato de ser o jogo decisivo do Carioca, pode compensar o cansaço. É bom lembrar também que alguns jogadores foram poupados, como Léo Moura, Juan, Toró e Souza.

Sabendo do suposto desgaste rubro-negro, o Botafogo deve marcar em cima no começo do jogo e repetir a marcação feita na semana passada, com Diguinho vigiando Ibson e os alas alvinegros batendo com Léo Moura e Juan. O lado do Fla também não deve mudar, com Fábio Luciano na sobra, e Cristian e Angelim marcando os atacantes. Como eu disse semana passada, o duelo deve ser decidido nestas marcações individuais. Quem conseguir levar vantagem, terá grande chance de vencer o jogo.

Com Renato Augusto quase recuperado, fica a dúvida: escalar o meia ou manter Marcinho na equipe? Pelas circunstâncias, eu apostaria no artilheiro da equipe na Libertadores, não só pela boa fase que vive, mas pelo ritmo de jogo. Caso ele canse, aí sim RA seria bela opção para o segundo tempo, dando mais qualidade ao toque de bola. Aliás, esta é uma vantagem da equipe rubro-negra: um banco de reservas com várias opções para Joel mudar o rumo da partida. Vale lembrar que, no último jogo, o gol saiu em jogada de dois reservas.

Enfim, o Fla vai precisar bastante de seus laterais. Caso vençam a marcação adversária, como fizeram no primeiro jogo, a equipe pode criar boas chances. Não vou bater na mesma tecla e dizer que Ibson deveria aparecer mais, porque, infelizmente, o meia está em má fase. Caso resolva jogar o que sabe amanhã, entretanto, seria um ótimo reforço para um time que terá pela frente um adversário ofensivo, que marca em cima e teve uma semana inteira para planejar o confronto.

Palpite: Flamengo 1 x 1 Botafogo

Fotos: O Globo Online

1 de mai. de 2008

Sobre heroísmos desnecessários - ou Como complicar jogos fáceis, com a dupla Fla x Flu.

As batalhas épicas da Libertadores são históricas. Jogos pegados, disputados até o último minuto, à base de suor, sangue e lágrimas. Partidas que entram para a história por transformarem meros mortais em heróis, em deuses, em mitos que perduram até os dias de hoje. Batalhas de titãs: equipes brasileiras sofrendo em estádios nos países sul-americanos, contra Peñarol, River Plate, Cobreloa. Hoje, Flamengo e Fluminense protagonizaram partidas que com certeza não entrarão para esse hall de confrontos históricos.

Contra adversários ridiculamente fracos, os cariocas fizeram de tudo pra complicar jogos que deveriam ser fáceis e sem sustos. América-MEX e Nacional-COL, outrora grandes, contam, atualmente, com times vergonhosos. Defesas fracas, jogadores pouco criativos na meia-cancha, e atletas acima do peso (Cabañas pelo time mexicano, e o ex-palmeirense Muñoz pela equipe colombiana) caracterizaram tanto o adversário do rubro-negro quanto o do tricolor. Mesmo assim, o Fla teve um jogo de emoções à flor da pele, e o Flu apresentou atuação apática, chegando a tomar sufoco mesmo com um a mais em campo.

Como nosso grande blogueiro Flip analisou em seu post, o Flamengo perdeu várias oportunidades, podendo ter matado o jogo com muito mais rapidez e tranqüilidade. Essa é a primeira lição para dramatizar partidas simples: jogue fora todas as chances que lhe aparecerem, lembrando sempre do lema: “quem não faz leva”. Assim, você fica livre para buscar a vitória heróica nos últimos minutos de jogo.

Valeu a boa campanha do time na fase de grupos: a fraqueza do adversário tornou esses erros do Flamengo insignificantes: a ampla superioridade rubro-negra prevaleceu mesmo assim, num final bastante emocionante. O time saiu bem na foto, no fim das contas: o Fla conseguiu uma boa vitória e garantiu tranqüilidade no jogo de volta, com um heroísmo desnecessário e de contornos épicos, o que acaba por deixá-lo com boa imagem frente à torcida e à imprensa.

O Fluminense me parece ter sido ainda mais incompetente que o Clube de Regatas. Seu adversário era tão ruim quanto o América-MEX, e o tricolor ainda foi beneficiado por um pênalti, na minha opinião, inexistente. Depois de linda arrancada, Júnior César entrou na área e adiantou demais a bola. O goleiro saiu de maneira imprudente; entretanto, ele não toca o lateral tricolor, que me parece saltar e cavar o pênalti. Mas, como o juiz interpretou que a penalidade existiu, ele procedeu corretamente ao expulsar o jovem goleiro Ospina. Thiago Neves converteu o pênalti a favor do tricolor (será que o Washington chegou a pedir pra bater, hein?), revertendo a situação do jogo. Antes apático e jogando mal, agora o Flu estava na frente e com um homem a mais.

Entretanto, nem isso fez o tricolor melhorar sua atuação: os jogadores continuaram sem vontade, dando toquinhos de lado, com medo de avançar mais incisivamente e tentar definir o jogo. Segunda regra básica para complicar jogos fáceis: quando o adversário for infinitamente inferior a você, não parta pra cima. Deixe-o vir, faça-o parecer mais forte do que realmente é, simule “economia de esforços” e “inteligência em administrar resultados”. Isso tornará difícil a vitória fácil, e, portanto, ela será mais valorosa... (?)

Na volta para o segundo tempo, talvez Renato já pudesse lançar Dodô, pra tentar vencer logo a partida e garantir a classificação. Mas o Flu voltou com a mesma escalação e a mesma apatia. O Nacional chegou com um pouco mais de vontade e conseguiu diminuir o placar logo no comecinho: numa cobrança de escanteio, Wash cortou mal; a bola foi parar nos pés de Arrué, que não perdoou e mandou no ângulo.

Thiago Silva, o melhor zagueiro do Brasil, deixou o campo pouco depois, com um estiramento na coxa. Foi substituído pelo experiente Roger, que não comprometeu. A alteração seguinte de Renato foi uma das mais geniais lições de como entregar o ouro ao bandido.

Seu time tem plenas possibilidades de vencer a partida, mesmo depois de sofrer o gol de empate? Diminua um pouco essas chances tirando um dos maiores craques do time (Thiago Neves – que não jogava bem, admito: mas estava tão mal quanto o resto do time, e o camisa 10 tricolor é inegavelmente um jogador que, mesmo estando mal, pode decidir a partida em um lance) e coloque um volante(?)/meia(?) inoperante, que não marque bem, nem passe bem, nem tenha habilidade. Que só corra e perca a bola (no caso do jogo, esse papel coube ao esforçado, mas nulo, Maurício).

E tome apatia, e tome incompetência. A sorte é que o Flu não tinha só um craque capaz de decidir o jogo: Conca, num chute de longe, vence o goleiro Barahona, que pula atrasado e deixa passar uma bola pouco perigosa. Agora é hora de o time engrenar e fazer um placar mais elástico pra garantir de vez a classificação, não é?

E aí vem Dodô! O atacante dos gols bonitos pode voltar de maneira triunfal, e quem sabe até fazer o Washington (em péssima fase) voltar a jogar bem, já que foi ao lado de um atacante de ofício que o Coração Valente, Guerreiro Tricolor teve suas melhores atuações.

Mas o Renato é mesmo um mestre do “ah, não, vai ficar fácil demais, vamo dificultar essa parada”. E em vez de tirar o desaparecido Cícero, saca justamente o Conca, que acabara de fazer o gol! O Flu finalmente volta a ter dois atacantes – mas, em compensação, não tem mais nenhum armador em campo. Sem ligação entre o meio e o ataque, o tricolor toma sufoco no final da partida: Libertadores tem que ser suada, né.
Afinal, o senso comum diz que nada vem (nada pode vir) facilmente. Não há mérito em vitórias fáceis, não há mérito no que não exige de nós esforços sobre-humanos. Toda vitória há de ser sofrimento profundo, batalha épica, Grêmio e Peñarol – Renato Gaúcho que o diga.

Vai ver é inconscientemente que transformamos os problemas mais simples em grandes dilemas definidores das nossas vidas. Não admitimos que os dragões sejam apenas moinhos de vento. Até os pequenos percalços do dia-a-dia se tornam jornadas épicas através da Terra-Média para salvar a raça humana. Isso pode até ser bom enquanto vencermos essas pequenas batalhas: vamos nos sentir como se tivéssemos acabado de derrotar o Boca em pleno La Bombonera, no último minuto, tomando porrada dos jogadores e sendo atingidos por objetos vindos da torcida. Cada pequena vitória, um título mundial.

O problema vai ser quando, de tanto sabotarmos nossas próprias “vitórias fáceis”, acabarmos perdendo. Difícil avaliar o tamanho da queda...


Admitamos logo: nem todo jogo de Libertadores é Peñarol e Grêmio. Pode ser um Fluminense e Nacional-COL completamente sem graça, apático, em mais um daqueles pequenos percalços do cotidiano, mais uma pequena batalha da vida diária, felizmente vencida.