30 de abr. de 2008

Flu faz escala na Colômbia rumo ao Japão

Hoje a noite, às 21:45 ou depois da novela (como preferirem), com transmissão da TV aberta, o tricolor vai a campo em Medellín na Colômbia - com a tolerável altitude de cerca de 1500 m -para o primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa Libertadores. O adversário é o Atlético Nacional, que ocupa a modesta décima colocação no campeonato local, e fez a pior campanha entre os classificados para esta fase da competição sul-americana. Já o Flu goza do prestígio de ter tido o melhor desempenho na etapa classificatória, assumindo o favoritismo e decidindo o confronto no Maraca.

Na busca pelo título inédito, a equipe das laranjeiras ainda não contará com Dodô, confirmado no banco. Renato não fez mistério e assim que chegou a Medelín divulgou a escalação: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor, Arouca, Conca e Thiago Neves; Cícero e Washington.

O estádio que recebe o jogo - Atanasio Girardot - já não é mais o caldeirão das décadas passadas, apesar do público ter comparecido na primeira fase. Por coincidência, o jogo de abertura do Girardot foi um 3x0 do Fluminense sobre o próprio Atlético Nacional em 1953. Outra boa recordação do campo de jogo fica por parte do técnico Renato Gaúcho. Em 1993, atuando pelo Fla, o então atacante roubou a bola numa das tradicionais saídas de jogo do folclórico goleiro colombiano Rene Higuita e fez o gol rubro-negro na vitória por 1x0 na primeira fase da Libertadores 93.

No entanto, o futebol colombiano não mostra o mesmo vigor dos tempos em que era financiado pelo narcotráfico, com destaque para o cartel de Medellín e seu magnata Pablo Escobar. Na década de 1990 a cidade ficou conhecida como a capital do crime. Em 1995 o Atlético Nacional foi vice-campeão da Libertadores, perdendo a final em casa para o Grêmio de Felipão. Levando em consideração o gol fora como critério de desempate, se o Flu voltar com um empate com gols terá dado um grande passo rumo ao sonho que pode se concretizar na terra do sol nascente, possivelmente contra o Manchester de Cristiano Ronaldo que ontem eliminou o Barça. Nas bolsas de apostas em Londres, o Fluminense e o Boca Jrs. lideram as apostas pela taça que relembra o feito dos libertadores do continente sul-americano.

Rapidinhas:

O tricolor substituiu a inscrição de Gustavo Nery, que teve seu contrato rescindido, pela do atacante Alan. O jovem atuou apenas duas vezes entre os profissionais e marcous 3 gols contra Botafogo e Madureira. O Flu ainda pode alteras mais 2 inscrições até a fase semi-final, a vaga de Leandro Amaral está aberta.
O coordenador de futebol Branco confirmou que o clube negocia a repatriação do atacante Araújo, ex- Goiás e Cruzeiro, hoje no Al-Gharafa, do Qatar. O dirigente assumiu que não será tão fácil a negociação em razão do jogador possuir contrato em vigor.

PS: o responsável pela parte do Fluminense não se encontra nas melhores condições físicas e mentais em virtude de um evento boêmio ocorrido a pouco. Assim, eu - que me recupero em casa de uma infecção estomacal - me prontifiquei a assumir tal responsabilidade. Na próxima postagem tricolor estará de volta o James Barrie e seu belo texto.

2 comentários:

James M. Barrie disse...

Hahahahah
Na realidade, acho que, na hora em que você postou o texto, o "evento boêmio" ainda estava em curso, mesmo com a chuva...

Quanto ao jogo de logo mais, não há tanto o que dizer. Renato já está com a escalação confirmada. Uma escalação que, apesar de - acertadamente - não incluir Dodô (que pode entrar no segundo tempo), ainda assim é superior ao time do Nacional.
O grande empecilho para o Flu é ele mesmo: não pode se deixar deslumbrar pelo favoritismo.
Fora isso, o time deve adotar a estratégia padrão: alguma cautela, saídas no contra-ataque e tentar marcar o valioso gol fora de casa.
Dependendo da postura do Nacional, é capaz até que, no segundo tempo, Renato lance Dodô, se o time colombiano estiver apresentando pouco perigo no ataque.

Enfim, um jogo onde é difícil prever o que ocorrerá.
Arrisco um empate com gols.

Anônimo disse...

Através das bem escritas e inteligentes linhas do artigo podemos perceber, que o autor estava certo em confirmar o favoritismo do fluminense, que fez valer a superioridade técnica de seus jogadores sobre o fraco time de Medellín, que apesar de fraco tem mais tradição que o fluminense, fato comprovado pelas duas finais alcançadas pelo time colombiano que se tornou campeão ganhado uma delas em 89.

Comparando tal fato com a falta de tradição do fluminense em competições oficiais internacionais, afinal essa é a primeira vez que o tricolor em 49 edições de libetadores passa para a segunda fase, é melhor ter cuidado com o time colombiano no jogo de volta, inclusive pelo fato de o maraca ser campo neutro, afinal o fluminense não possui sua própria *"cancha" como dizem nosso irmãos latinos, e isso poderia fazer a diferença.

* Forma popular de se referir a ESTÁDIO, no linguajar futebolístico dos povos latinos