8 de nov. de 2008

Caldeirão Abençoado

Rodrigo Paradella - rparadella@jsports.com.br

Não seriam os santos que se oporiam a um time que teve fé na vitória até o fim da partida. Com disposição de sobra, o Vasco conseguiu se aproveitar do apoio da torcida e venceu o Santos por 1 a 0, depois de quase três meses sem ganhar em São Januário. Com o resultado o time da cruz de malta sobe, provisoriamente, para a 15° posição e sai da zona de rebaixamento, além de deixar o Santos novamente ameaçado de queda para a Série B. O time santista, que parecia já fora de perigo, permanece com 40 pontos, apenas três mais que os 37 que tem o time carioca.


O Vasco começou com vontade, empurrado pela torcida que lotou São Januário. Em apenas dois minutos de jogo, o time da cruz de malta encaixou jogada de velocidade, Alex Teixeira conseguiu entrar na área pela direita, mas teve o cruzamento cortado por Fábio Costa. 

O lado direito era o ponto forte do Vasco que sempre tentava lances na velocidade de Wagner Diniz, Alex Teixeira e Mádson. Já o Santos, chegava pouco, apenas com chutes de fora da área que não levavam perigo ao gol de Rafael.

Mas, em bola lançada, o defensor vascaíno afastou mal e a bola sobrou para Kleber Pereira no canto direito da área. Sem ângulo, o artilheiro cruzou fechado e a bola quase entra, parando somente na trave esquerda do goleiro Rafael. Era o primeiro bom lance santista em 10 minutos de jogo.

Porém, a pressão vascaína continuava. Dois minutos depois, mais uma vez pela direita, Mádson cruzou na medida para Leandro Amaral que recebeu e chutou de primeira para uma defesa incrível de Fábio Costa 

Aos 15, outra vez pela direita, o Vasco chegou com cruzamento rasteiro de Wagner Diniz, que Jorge Luiz recebeu e, apenas com Fábio Costa a sua frente, não conseguiu fazer o gol, parando no goleiro santista. O zagueiro vascaíno ainda teve o rebote, mas parou no camisa 1 do Santos outra vez.

Aos 17 minutos, Mádson recebeu cruzamento da esquerda, dominou com estilo e bateu com força, mas o chute foi para fora. 

Mesmo com o ímpeto do time da casa, o Santos ainda buscava levar perigo ao gol do Vasco explorando o faro de gol de Kleber Pereira. Além disso, tentava responder, com contra-ataques, às ofensivas do Vasco na esquerda de sua defesa atacando pelos espaços deixados pelo time vascaíno no setor. 

O problema é que o Vasco mal deixava o adversário pensar, sempre mostrando vontade. Achegada de Mádson pela direita era freqüente na partida. Em uma delas Leandro Amaral, aos 27 minutos, recebeu bom cruzamento, mas o goleiro Fábio Costa antecipou a jogada e afastou a bola, mas não conseguiu evitar duro choque com o atacante do Vasco. Pior para o goleiro, que sentiu o joelho e teve de ser atendido pelos médicos. 

O Vasco continuava melhor com grandes lances pela direita, mas o Santos chegava com velocidade e tentava levar perigo no contra-ataque, já que o time vascaíno se lançava completamente ao ataque, apressado pela torcida.

Aos 41, Leandro Amaral ia recebendo a bola livre para cabecear quando, inesperadamente, foi atrapalhado por Rodrigo Antônio, companheiro de time, que cabeceou totalmente sem direção. 

O Santos não conseguia mais levar perigo ao gol do Vasco, com suas jogadas sendo desarmadas pela, ainda que atrapalhada, sempre atenta defesa do time vascaíno.

Mesmo com o esforço do time em campo, a torcida vascaína não perdoou e vaiou os jogadores graças ao empate que resistia no placar ao fim do primeiro tempo. 

Após o intervalo, o Vasco voltou com velocidade e disposição, sendo encorajado pela torcida que o apoiava.

Com menos de um minuto, Leandro Amaral se antecipou à zaga santista em cruzamento vindo da esquerda e surgiu na frente do goleiro Fábio Costa, mas acabou chutando fraco e em cima do goleiro santista. O atacante ainda teve o rebote, mas não encontrou ângulo para bater no gol. 

A dupla Leandro Amaral e Wagner Diniz continuava levando perigo ao gol santista. Aos 4 minutos, após belo passe do lateral direito, Leandro recebeu em boa posição, mas bateu apenas na rede pelo lado de fora.

O Vasco sufocava o Santos, que não conseguia responder às boas chegadas do ataque cruzmaltino. Porém, aos 7 minutos, o Santos teve sua primeira grande chance na segunda etapa. Após bom cruzamento de Bida pela esquerda do ataque santista, Molina cabeceou colocado no canto direito do gol de Rafael, que realizou bela defesa.

Com 15, e tendo que vencer a partida, o técnico Renato Gaúcho mudou o esquema do Vasco, que jogava com três zagueiros, e colocou Edmundo no lugar de Odvan. 

A pressa de conseguir o gol deixava o time vascaíno ansioso, o que causou um lance inusitado. Aos 17 minutos, Leandro Amaral botou a bola no corner e, tanta era a pressa, que nem olhou antes de cruzar e acabou chutando a bandeira, e apenas raspando na bola, que acabou voltando para o atacante em lateral.

Mas o momento do Vasco, e de Edmundo, acabaria chegando. Após boa tabela da equipe vascaína, Jonílson foi atropelado na entrada da área e o juiz Elmo Alves Resende Cunha marcou penâlty. Edmundo, que havia entrado havia sido preterido por Renato Gaúcho e acabara de entrar, bateu com categoria e abriu o placar. O Vasco abria a tão sonhada vantagem no placar. 

O Santos partiu para cima tentando reagir, e, aos 30 minutos, Lima, já dentro da área, cortou o zagueiro vascaíno e bateu com força para boa defesa de Rafael, que espalmou. No rebote, Kleber Pereira ainda tentou de cabeça, mas tocou fraco na bola e Rafael, mais uma vez, defendeu com segurança. 

O time da Baixada Santista ainda tentou reagir, com direito a pressão e goleiro na área adversária, mas nada atrapalhou o Vasco, que agora está mais perto do que nunca da Série A de 2009.

Um comentário:

Etchatz disse...

Que jogo tenso. Não deve ter tido nem 50 minutos de bola rolando. Valeu pela vontade e principalmente pelos 3 pontos. A torcida merecia. Finalmente o vascaíno pôde dormir tranquilo, os cálculos já não são tão impossíveis. Porém ainda faltam no mínimo mais 6 pontos.

Venho comunicar aos meu leitores que o fim do período complica a frequência das postagens. Assim sendo, fiquem com os textos do, agora, semi-profissional Bonilla Paradella, retirados do site do Jornal dos Sports.